Questões/problemas em perícias médicas nos casos de depressão
Colecistite aguda: diagnóstico e tratamento
Pancreatite aguda: etiologia, apresentação clínica e tratamento
Revista associada à:
Jan/Jun - 2003
Vol. 2 , N. 1
Editorial
1 - Obesidade, hipertensão arterial sistêmica e distúrbios respiratórios obstrutivos do sono
José Augusto Messias
Descritores:
Experiência Clínica
3 - Sangramento uterino anormal: aspectos atuais da propedêutica
Luiz A. H. Melki; Marco A. P. de Oliveira; Waldyr T. Filho; Hildoberto C. de Oliveira
Os autores tecem considerações sobre a propedêutica atual do sangramento uterino anormal (SUA) em especial o exteriorizado por menorragia. A tendência presente inclina-se para a simplificação e racionalização dos pedidos de exames e escolha dos métodos diagnósticos. É recomendável que essa propedêutica se faça em duas etapas: avaliação inicial e avaliação secundária se houver necessidade dessa segunda etapa. A avaliação inicial, que atualmente recomenda-se que seja o mais simples possível, seria aplicável aos casos em que os exames abdominal e pélvico se mostrem normais e segue o seguinte protocolo: 1) obter história clara de menorragia; ausência de sangramento intermenstrual ou pós-coito, 2) solicitar hemograma completo, 3) não solicitar testes de função tireóidea e outras avaliações endócrinas se não houver sinais e sintomas que justifiquem tais exames, 4) a biopsia do endométrio não é requerida na avaliação inicial, 5) encaminhar para avaliação secundária os casos que não se resolverem em três a seis meses. Na avaliação secundária, além de nova avaliação clínica e hematológica, inclui-se o estudo da cavidade uterina, inicialmente por ultra-sonografia transvaginal (USGTV) e biopsia do endométrio e, subseqüentemente, por histeroscopia caso a USGTV se mostre anormal. De acordo com os achados o tratamento pode ser clínico ou cirúrgico.
Descritores: sangramento uterino anormal, menorragia, propedêutica, ultra-sonografia, histeroscopia.
Artigos Originais
Lucas N. A. Lemes;Luiz Cezar M. Motta;Fernanda G. Lavorato;Alice S. M. Gesto;David M. Dorigo;Daniel A. Bottino;Eliete Bouskela
OBJETIVO: Este estudo avalia dados clínicos em pacientes com suspeita de distúrbios respiratórios do sono, para uma análise da relação entre a Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS) e a Síndrome Metabólica.
MÉTODOS: Análise dos prontuários de 130 pacientes atendidos no ambulatório de ronco e apnéia do sono da Universidade do Estado do Rio de Janeiro com questionários pesquisando alterações clínicas da SAOS, incluindo índice de massa corpórea (IMC), circunferência do pescoço e aferição da pressão arterial.
RESULTADOS: Houve associação da HAS com idade (p<0,01), tabagismo (p<0,05) e IMC (p<0,05). A presença de HAS foi associada com o tempo estimado de apnéia (p<0,05). A elevada pressão arterial diastólica teve associação com a descrição de apnéia do sono (p<0,01). O IMC e a obesidade foram associados ao relato de apnéia (p<0,05). A obesidade categorizada por níveis de IMC demonstrou um alto grau de associação com a circunferência do pescoço (p<0,0001). A circunferência do pescoço associou-se com o relato de apnéia do sono (p<0,05). O cansaço crônico apresentou relação com a obesidade (p<0,05).
CONCLUSÃO: Verifica-se uma clara associação entre obesidade, HAS e distúrbios respiratórios do sono. Este resultado sugere a necessidade de uma avaliação respiratória durante o sono na investigação clínica de pacientes com Síndrome Metabólica.
Descritores: síndrome X metabólica; obesidade; apnéia do sono; hipertensão arterial sistêmica.
5 - Estudo da freqüência da artéria cílio-retiniana em pacientes ambulatoriais
Cláudio L. Yamane; Raul N.G. Vianna; Riuitiro Yamane
OBJETIVO: Avaliar a freqüência da artéria cílio-retiniana (aCR) em pacientes ambulatoriais de oftalmologia.
MÉTODOS: Foram examinados 500 pacientes através de exame biomicroscópico de fundo de olho. A artéria cílio-retiniana foi definida como presente em todos os pacientes que apresentassem artéria emergente do disco óptico ou próximo a sua margem com sua característica curvatura em cabo de bengala.
CONCLUSÃO: Verificamos a alta freqüência da artéria cílio-retiniana (28.28%) na população estudada.
Descritores: Artéria cílio-retiniana; freqüência; fundo de olho
Artigos de Revisão
6 - Crescimento e desenvolvimento da maxila
Julio O. A. Pedra e Cal Neto; André M. Mattos; Álvaro Francisco C. Fernandes; Cátia A. Quintão
OBJETIVO: apresentar uma revisão de literatura relacionada ao crescimento e desenvolvimento do complexo maxilar, salientando os tópicos mais importantes a serem considerados pelos ortodontistas. O texto discorre desde a origem da maxila passando pelo crescimento pré-natal e pós-natal desta, bem como as áreas específicas de crescimento da maxila, e seu crescimento na fase adulta.
Descritores: Crescimento, desenvolvimento, maxila, ortodontia
Educação Médica
7 - As inovações curriculares e a formação do médico
José Fernando S. Ribeiro
OBJETIVOS: Discutir os principais problemas encontrados no ensino/aprendizagem da medicina para obter médicos de boa formação geral e a contribuição das assim chamadas "inovações curriculares" para superá-los.
METODOLOGIA: Revisão bibliográfica.
CONCLUSÃO: Um currículo é uma construção permanente, sem perder de vista os eixos predeterminados, e passível, sempre, de melhoramentos ou correções. Os currículos inovados motivam professores e alunos a atingir os objetivos educacionais propostos.
Descritores: educação médica; tendências; currículo.
Ensaio
8 - Importância do ensino de técnica operatória e cirurgia experimental no curso de medicina
Ruy Garcia Marques
Descritores:
Resumo de Tese
Mario Fritsch T. Neves; Carlos A. Mandarim-de-Lacerda; Ernesto L. Schiffrin
OBJETIVO: avaliar se alterações vasculares associadas com hipertensão induzida por angiotensina II podem ser mediadas pela aldosterona.
MÉTODOS: Ratos Sprague-Dawley receberam angiotensina II (120 ng/Kg/min, sc) ± espironolactona ou hidralazina (25 mg/Kg/dia, vo). Após 2 semanas, os animais foram sacrificados e pequenas artérias mesentéricas dissecadas e montadas em miógrafo pressurizado. Resultados - Angiotensina II elevou significativamente a pressão arterial (P0,01), reduzida pela administração de espironolactona (P0,01) e mais acentuadamente pela hidralazina (P0,01). Ratos sob infusão de angiotensina II apresentaram artérias mesentéricas com elevada relação média/luz (P0,01) e aumento da área seccional transversa da túnica média. Estas alterações foram parcialmente prevenidas pela espironolactona (P0,01), mas não pela hidralazina. O relaxamento vascular mediado por acetilcolina foi reduzido nos ratos com angiotensina II (P0,001), o que foi atenuado pela espironolactona (P0,05), mas inalterado pela hidralazina.
CONCLUSÃO: a hipertensão induzida por angiotensina II está associada com remodelamento vascular hipertrófico e disfunção endotelial, que são atenuados pela espironolactona, indicando que efeitos da angiotensina II em artérias de resistência são parcialmente mediados pela aldosterona.
Descritores: